Febre maculosa
A febre maculosa (FM) é uma doença infecciosa,
febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas
leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre
maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia.
No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da
FM. Rickettsia rickettsii produz a doença grave registrada no norte do estado
do Paraná e nos Estados da Região Sudeste. Enquanto Rickettsia sp. cepa Mata
Atlântica, têm sido registrada em ambientes de Mata Atlântica, produzindo
quadros clínicos menos graves, apresentando febre, linfadenopatia e a escara de
inoculação (lesão no local onde o carrapato ficou aderido).
No Brasil, os principais vetores e reservatórios são os carrapatos do gênero
Amblyomma, tais como A. sculptum, A. cajennense, A. aureolatum e A. ovale.
Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode ser
reservatório, como por exemplo, o carrapato do cão, Rhipicephalus sanguineus.
Os pequenos roedores, as capivaras, equídeos, canídeos e algumas aves
passeriformes têm participação no ciclo da FM. E já existem estudos que mostram
o envolvimento destes animais no ciclo enzoótico e epidêmico da doença, podendo
atuar como hospedeiros de carrapatos de importância médica, amplificadores de
riquétsias e transportadores de carrapatos potencialmente infectados.
• Sintomas
Os sintomas são febre de início súbito, dor de cabeça e nas articulações e/ou
prostração, seguida de exantema máculo-papular, predominantemente nas palmas
das mãos e plantas dos pés, que pode evoluir para petéquias, equimoses e
hemorragias e lesão no local onde o carrapato ficou aderido - além de histórico
de picada de carrapatos e/ou ter frequentado área de transmissão de FM nos
últimos 15 dias.
• Transmissão
Nos humanos, a febre maculosa é adquirida pela picada do carrapato infectado
com riquétsia, e a transmissão geralmente ocorre quando o artrópode permanece
aderido ao hospedeiro.
Nos carrapatos, a perpetuação das riquétsias é possibilitada por meio da
transmissão vertical (transovariana), da transmissão estádio-estádio
(transestadial) ou da transmissão através da cópula, além da possibilidade de
alimentação simultânea de carrapatos infectados com não infectados em animais
com suficiente riquetsemia. Os carrapatos permanecem infectados durante toda a
vida, em geral de 18 a 36 meses.
O período de incubação da doença é de 2 a 14 dias.
• Tratamento
O tratamento precoce é essencial para evitar formas mais graves da doença. É
importante procurar unidade de saúde em caso de suspeita da Febre Maculosa. O
tratamento se dá com o uso de antibiótico.
O sucesso do tratamento, com consequente redução da letalidade, está
diretamente relacionado à precocidade de sua introdução e à especificidade do
antimicrobiano prescrito.
• Prevenção
Quanto mais rápido uma pessoa retirar os carrapatos de seu corpo, menor será o
risco de contrair a doença. Nos casos de contato com áreas com presença de
carrapatos, recomenda-se o uso de mangas longas, botas e calça comprida com a
parte inferior colocada para dentro das meias. Dar preferência para roupas de
cor clara, para facilitar a visualização dos carrapatos. Após a utilização,
colocar todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos mesmos.
(Fonte: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/febre-maculosa)

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