Estimando o tempo das caminhadas
Um dos fatores fundamentais para se planejar a
logística é saber quanto tempo vai durar a atividade. O tempo definirá, entre
outras coisas, o tipo de roupa, a quantidade de água e comida, o tamanho da
mochila ou os acessórios que serão necessários na caminhada. Por isso é
fundamental ser estimado. É certo que na maioria das vezes, quando se faz uma
caminhada, confia-se em um guia que já conhece o caminho e já sabe de antemão
qual o tempo médio para realizar tal trilha.
Entretanto, há muitas variáveis que podem alterar esse tempo e para se estimar com maior exatidão quanto tempo levará uma atividade pode-se usar uma fórmula simples que é ensinada e aplicada amplamente na Alemanha. Ela serve também para avaliar, no meio de uma caminhada, como está o desempenho do grupo e auxiliar em algumas decisões importantes como, por exemplo, desistir de ir até o cume.
Como calcular?
O cálculo é baseado na soma das seguintes
variáveis: desnível, extensão, pausa, condição, dificuldade e descida. Para
facilitar a conta é recomendável dividir a caminhada em trechos, separando
aqueles que são mais distintos. Mas como calcular tudo isso?
- Desnível: É a diferença de altitude entre o cume (o ponto mais alto que se chegará) e o ponto de partida, aumentada por trechos de sobe e desce. Um caminhante padrão, já acostumado a fazer trilhas, consegue vencer cerca de 400 metros por hora, em subida. Pessoas iniciantes ou crianças sobem aproximadamente 300 ou 200 metros por hora. Praticantes com mais experientes e em boa forma física, bem treinados e animados, chegam a 600 metros por hora;
- Sobe e desce: Geralmente as trilhas não mantém uma constância. É normal haver trechos de sobe-e-desce em uma caminhada. Para adicionar esta variável ao cálculo deve-se pensar que se você tiver que descer 100 metros no meio de uma trilha, vai ter que subir os mesmos 100 metros novamente. Portanto, adiciona-se 200 metros ao desnível da caminhada;
- Extensão: Em relação à extensão, a média usada na fórmula é de 5 km por hora.
Um exemplo concreto
Imaginemos que essa trilha será feita por um
caminhante padrão e que o primeiro trecho tem 3 km de extensão. Esse número,
dividido pelos 5 km/hora da fórmula, dará 36 minutos para a variável extensão.
Neste trecho o desnível é de 200 metros. Considerando o caminhante padrão (400
metros/hora), chegamos a 30 minutos para o desnível. Somando as variáveis
extensão e desnível teremos 65 minutos neste primeiro trecho.
No segundo trecho da mesma trilha a distância é de
2 Km, o que dará 25 minutos para a extensão. O desnível é de 600 metros, o que
nos leva a mais 90 minutos para o desnível (400 metros/hora lembra-se?).
Somando-se mais um sobe-e-desce de 100 metros, que resulta em mais 30 minutos,
teremos um total de 145 minutos para esse segundo trecho. Nesse ponto chegamos
ao cume de nossa trilha. A subida inteira levou 210 minutos (65 mais 145
minutos), ou seja, três horas e meia.
Este cálculo considerou somente o tempo de
caminhada na subida, em trilhas abertas e de fácil orientação. Para chegar ao
tempo total da excursão, devemos adicionar: Pausa, Dificuldades, Condições e
Descidas!
- Pausas: dependem do objetivo da excursão, do estilo pessoal, do tamanho do grupo, de temperatura etc.;
- Dificuldades: Leito de riacho, trechos fechados, escaladas, procura pela trilha. O tempo considerado depende dos participantes;
- Condições: Na trilha molhada sobe-se e desce-se mais devagar;
- Descida: Aplica-se o mesmo valor da subida ou um pouco menos. O tempo real depende mais das condições da trilha do que a subida. Em trilha boa e seca, o desnível superado por hora é de 600m. Enfrentando trechos difíceis ou molhados, pode-se levar bem mais tempo descendo que subindo!
(Fonte: https://trilhaserumos.com.br/…/estimando-o-tempo-das-camin…/)

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