Entenda os perigos de entrar em cachoeiras e rios desconhecidos
Cachoeiras são uma das melhores opções de lazer e
contato com a natureza: são sempre emolduradas por belas paisagens e,
normalmente, mais vazias que as praias. Elas são uma excelente forma de se
desligar da correria do dia a dia, de deixar os problemas de molho e se
desconectar do mundo online mesmo porque muitas vezes o sinal do celular fica
para trás.
O modo mais adequado de aproveitar cachoeiras e rios é conhecendo todos seus
atrativos e também todos os seus riscos. É bom ter certeza de passar só pelo melhor
dessas belezas naturais, não é?
Pensando nisso é bom conhecer alguns perigos que pode encontrar nessas
maravilhas da natureza e o que fazer para evitá-los. Confira!
Cachoeiras e rios traiçoeiros
Muita gente tem o hábito de, ao escolher o destino, simplesmente ir sem
preparar ou pesquisar qualquer coisa. Isso deve ser evitado! A primeira ação
deve ser pesquisar.
Pesquise bem a cachoeira e rio antes de decidir aonde ir. Sites de avaliação de
viagem, blogs de viajantes e páginas sobre turismo são ótimos lugares para
encontrar comentários sobre a periculosidade dos pontos turísticos.
Só assim você saberá detalhes importantes, como o que há antes do local de
banho há rios onde se banha logo após hidroelétricas, por exemplo. Saber disso
é necessário para avaliar o risco de se expor.
Fenômenos naturais
Outro risco traiçoeiro de percursos fluviais são os fenômenos naturais. Em
geral, três fenômenos são os mais frequentes em cachoeiras e rios, alterando o
fluxo e volume da água. Eles atendem por três nomes que vez ou outra causam
confusão: trombas d’água, enxurradas e cabeças d’água. Vamos entender todos com
cuidado:
- Enxurrada: É o nome do fenômeno onde o nível de água que passa pelo rio aumenta vertiginosamente, em muito pouco tempo. Muitas vezes, o rio não chega a inundar a região à sua volta, por isso pode-se de dizer que enxurrada e enchente não são a mesma coisa. A causa da enxurrada pode ser tanto tromba d’águas, como cabeça d’águas.
- Cabeça d’água: Quem já conhece o hábito de alguns rios de ficarem mais violentos de um momento para o outro, sabe que a chuva é a principal causa. Mas, muitas vezes, a forma que a chuva causa mudanças no rio é misteriosa: não se ouviu de chuva em lugar algum e, mesmo com o céu aberto, ele aumenta. Essa reação é típica das cabeças d’água, onde chove em um trecho distante do rio, como em nascentes ou serras, aumentando o volume da água. Assim, a chuva não é necessariamente direta no rio, mas a água escoa para ele, causando o aumento.
Paredões escorregadios
A paisagem deslumbrante do alto de uma queda d’água pode ser muito convidativa:
escalar para tirar uma selfie pode ser tentador. Porém, essas escaladas são
altamente perigosas, muito mais do que se imagina. É desaconselhável tentar
escalar as pedras de uma cachoeira. Isso porque, além de molhadas e cobertas de
musgo escorregadio, muitas das pedras não ficam realmente presas no paredão. Há
quem diga não haver perigo por causa da piscina logo abaixo; veremos a seguir
por que há perigo, então.
Profundidade das piscinas
As piscinas ou poços das cachoeiras não são uniformes. Isso se deve à própria
queda d’água: onde ela cai é mais profundo, mas a própria vazão e fluxo da água
é irregular. É possível que, logo ao lado da parte mais profunda do poço, já
esteja rasa seja em função de areia, seja em função de pedras arrastadas pela
correnteza. Essas pedras, junto a troncos e outros sedimentos, escondem um
sério risco nas piscinas. Por isso, evite de pular diretamente na piscina “de
cabeça”. O mais seguro é entrar aos poucos, “tateando” à medida que nada.
Pedras e escorregões
Falando nas pedras das piscinas, outra característica das cachoeiras é que elas
são escorregadias. Além de molhadas, as pedras costumam ter uma camada de musgo
(algas minúsculas presas à rocha) ou depósitos de lodo (um acúmulo de lama,
areia e outros sedimentos). Andando por elas com cuidado, de preferência tendo
alguém para se segurar ou um ponto de apoio (usando um pau como cajado, por
exemplo), a chance de um escorregão sério é pequena. Já correr ou pular de uma
pedra a outra, por sua vez, é quase certeza de queda.
Passagens e cavernas
Em algumas cachoeiras e rios, devido à ação da água, formam-se interessantes
passagens entre as rochas, semelhantes a cavernas. Se aventurar a explorar
essas passagens não é recomendável: caso escorregue ou caia, a chance de se
prender é séria. O fluxo de água é imprevisível, membros presos tendem a inchar
e, assim, ficarem ainda mais difíceis de liberar. Dependendo de quão estreita é
a passagem, um possível resgate seria muito complexo.
(Fonte: http://www.penatrilha.com.br/…/entenda-os-perigos-de-entra…/)

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